Lucas Pacheco
Como Wagoner relata em entrevista para o Bloody Disgustnig, explica: “Consegui escrever praticamente a partir do roteiro”, o que já esperado nesse tipo de projeto uma vez que ideia é preencher lacunas deixadas no filme que não puderam entrar no corte por conta de tempo de tela e relevância para historia principal.
Wagoner recebeu o roteiro de Halloween Kills e escreveu o livro com base nos diálogos e nas descrições apresentadas nele, construindo o um romance de 312 páginas. Personagens e situações são desenvolvidos um pouco mais afundo por Waggoner, fornecendo uma história para o infeliz Anthony Tivoli e abordando outros personagens, seus legados, incluindo Tommy Doyle, Lindsey Wallace e Lonnie Elam mostrando o que eles tem feito nos últimos anos desde suas aparições originais.
Wagoner planta alguns easter eggs para os fãs de Halloween mais atentos. Como ele mesmo explica: “Eu tinha dois editores diferentes no projeto, e um deles era um grande fã de Halloween. Juntos, semeamos pequenos easter eggs ao longo do livro, apenas por diversão”. Um desses easter eggs é referente Halloween 2 de Rob Zombie, com Wagoner mencionando uma pizzaria chamada "White Horse Pizza" aqueles familiarizados com filmes sabe a importância dada ao “cavalo branco” por Rob Zombie, mas isso não é nem mesmo o mais interessante para os fãs da franquia Halloween. Essa honra pertence a um aceno na página 85, onde Waggoner faz questão de dar uma pequena menção à infame mitologia “Culto de Thorn”.
No entanto, a novelização Halloween Kills revela que Tommy Doyle (interpretado aqui Anthony Michael Hall), tem uma tatuagem do Culto de Thorn, a mesma de Michael Myers, mostrada em Halloween 6.
Sobre o personagem Tommy Doyle no filme, dirigido por David Gordon Green, Wagoner escreve: “Tommy... em alguns aspectos, ele era o pior deles, incluindo Laurie. Desde a noite em que Laurie salvou a ele e a Lindsey de Michael, ele tinha dificuldade em controlar sua raiva. Ele tinha um temperamento explosivo, era rápido em se ofender com qualquer indiferença percebida, não importa o quão brando, e ele podia ser irritável, impaciente e impulsivo. Ele se envolveu em muitas brigas no colégio e ainda mais depois de se formar. Ele ia de um emprego para outro, incapaz de segurar um por qualquer período de tempo sem estourar com alguém - geralmente seu chefe - chegando até mesmo a socar. Ele passou por uma série de relacionamentos, mas eles também nunca duraram muito. Ninguém queria ser parceiro de alguém com um estado emocional tão volátil... Tommy fazia terapia intermitentemente desde os dos vinte e poucos anos e, embora tivesse aprendido muitas ferramentas psicológicas para ajudá-lo a lidar com sua raiva, ela não estava de forma alguma totalmente sob controle. Ele estava tão obcecado por Michael e por todas as coisas do Halloween que ele fez uma tatuagem de uma runa de Thorn em seu braço esquerdo, e quando ele estava ansioso, ele esfregava sua mão sobre ela inconscientemente".
Essa conexão não é aprofundada no livro possivelmente deixando muitos dos fãs aliviados, mesmo sendo um divertido (e porque não?), provocativo easter egg. Claro que para novos fãs não familiarizados com a franquia é algo que se passa despercebido. Tommy Doyle foi protagonista em Halloween 6 na época interpretado por Paul Rudd. Essa nova versão de Tommy Doyle interpretado por Anthony Michael Hall, se trata do personagem oriundo diretamente do clássico original, seguindo a historia de lá e ignorando por completo a mitologia Thorn. No fim, sendo apenas mais um divertido easter egg deixado como um fan service para os fãs mais entusiasmados.